Em off

Um espaço que agora se ocupa em dar destino à vida de um personagem.

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quinta-feira, setembro 08, 2005

Manifesto Neo-Surreal

Falam sempre por aí que o dia sete de setembro é uma data importante, pois é nesse dia que aconteceu um grande rompimento na história do Brasil e etecetera e tal.

Por favor, poupo-lhes os neurônios de falar mais alguma coisa nesse sentido. Falei isso apenas por que quero salientar que o dia de hoje é importante para mim, de certa maneira. Pois foi após um período de reflexões e escavações profundas, na busca do sentido de minha existência, que finalmente cheguei a um pseudo-veredito-paradigma sobre quem eu sou e para onde vou. Sim, meus caros, consegui definir a mim e a meu destino com um certo grau exatidão; e não precisei para isso de um profile no Orkut, sessões de pscicanálise ou terapias de eletrochoque nalgum sanatório romantizado.

Defini-me hoje como um ser indefinido, sem começo, sem meio, sem fim. Alguém maleável e completamente relativista, possuidor de ângulos de visão multiplos dentro de um só pont-de-honèur , um discorredor perdido e encontrado no assunto em pauta.

Antes que comece a invocar figuras de linguagem demasiadamente Raulescas e diga que das-telhas-eu-sou-o-telhado, resumo minha descoberta dizendo que rompi com a mesmise das crises existencio-filosóficas que me acometiam - e que devem acometer a maioria dos seres humanos desse planeta com mais de vinte anos e com princípios de calvicie - me declarando uma pessoa completamente adepta do Surrealismo.

Isso de se declarar adeptode um movimento costumava funcionar em épocas passadas, quando artistas que não encontravam definições para sua arte deixavam-se levar por modelos pré-definidos, enquadrando e seguindo certos "ensinamentos" dentro das escolas estéticas.

Mas eu farei algo diferente disso. Não que julgue-me superior ou mais inteligente que os artistas do passado (sequer enquadro-me como um artista!).

O que pretendo ser é um ser Neo-Surreal. E, sendo assim, abraçarei a lógica de não concentrar lógica alguma em minhas buscas sensoriais da minha esfera de vivência. Definirei-me como uma bela pintura dadaísta, sem sentido intrínseco, só com sentidos subjetivos.

Que pensem o que quiserem sobre mim, mas sou, a partir de hoje, um ser sem definição.

Pois o melhor da vida é ser um não ser.